5/10/2008

Fazia muito tempo que eu não vinha aqui. Na verdade, desde a partida inesperada do meu doce gatinho, em novembro, e depois, em janeiro, a perda de minha linda collie, a Juma, companheira de quase 16 anos, pouca disposição tive para qualquer coisa. No entanto, jamais imaginei que aqueles dois meses de perdas afetivas que me arrasaram representam na realidade o fim de um ciclo (que começou terrível em 2000 -, continuou exasperante, atingiu seu grau máximo em 2005 (o pior ano da minha vida, em qualquer sentido) e culminou com os sérios problemas cardiológicos que tive que enfrentar em 2007). Os orientais dizem que "é preciso que o velho morra para que nasça o novo". E é verdade. Ajudei a matar o "velho" quando me neguei a sucumbir, a não ir para o andar de cima quando tive a parada cardíaca em julho de 2007. Foi um momento deveras especial aquele: o médico (Dr. Alexandre)da emergência para onde me levaram às pressas atônico porque me negava a ficar hospitalizada, e eu sem conseguir explicar em palavras (eu que sou tão tagarela!) a razão daquela certeza absurda de que eu iria ficar bem. E fiquei. Naquela noite não dormi; precisei ficar bem desperta para decidir o que fazer: soltar as amarras, erguer a âncora e seguir para onde o vento levasse a minha "nau", ou na direção do sol: "E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou...". E foi o que fiz. Sacudi a poeira da angústia das minhas asas, ergui os olhos e as anteninhas frágeis em direção à Luz, e a borboleta azul afinal se libertou... Dedico esta segunda e nova fase do meu blog a toddos os meus amigos - reais, virtuais, antigos, novos - que, com seu carinho, apoio, bondade e paciência me ajudaram a alçar vôo.